Ao encaminhar mensagem apoiada por 41 assinaturas, Wagner Moura afirma que os “políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964”.
Não é a primeira vez que profissionais do mundo das artes, das comunicações e da universidade se manifestam contra o impeachment. Desde dezembro, quando os ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) permitiu o ingresso do processo, mais de 800 se manifestaram, por meio de documentos e ações públicas de resistência.
O Brasil vive um dos momentos mais dramáticos de sua história, com a proximidade da votação final sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O mundo assiste com preocupação a essa ameaça à democracia, como no caso de nossos colegas do Reino Unido, Estados Unidos, Canada e Índia, que publicaram uma declaração alertando que o impeachment representaria "um ataque as instituições democráticas", que levaria ao retrocesso econômico e social.
Os senadores que defendem o impeachment ficarão marcados na história por protagonizar o ataque mais cruel à nossa democracia desde o golpe militar de 1964. A história cobrará explicações, já que não existe base legal para justificar o impeachment.
De acordo com o Ministério Público Federal, a presidenta Dilma Rousseff não cometeu crime. Por isso, seu afastamento é claramente uma manobra política para tomada de poder sem a aprovação das urnas.
Esse ataque aos processos democráticos representa uma ameaça aos direitos humanos e levará o Brasil a uma situação de maior instabilidade política e desigualdade social e econômica.
Estamos profundamente agradecidos por essas importantes palavras de apoio de nossos colegas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canada e Índia. Os políticos corruptos que lideram a articulação para depor Dilma têm de saber que há um holofote internacional iluminando suas ações. Se eles derem continuidade ao seu plano, serão lembrados pela história como os responsáveis pelo mais sinistro ataque à democracia desde o Golpe de 1964.
A manifestação de Wagner Moura recebeu adesões de: 1. Adair Rocha, professor 2. Aderbal Freire Filho, diretor teatral 3, Alice Ruiz, poeta 4. André Lázaro, professor 5.Augusto Sampaio, professor 6. Bete Mendes, atriz 7. Biel Rocha, militante de direitos humanos 8. Caetano Veloso, compositor e cantor 9. Camila Pitanga, atriz 10. Carla Marins, atriz 11. Cecília Boal, psicanalista 12. Cesar Kuzma, teólogo e professor 13. Célia Costa, historiadora e documentarista 14. Charles Fricks, ator 15. Chico Buarque, compositor e cantor 16. Clarisse Sette Troisgros, produtora 17. Cristina Pereira, atriz 18. Dira Paes, atriz 19. Dulce Pandolfi, cientista política 20. Eleny Guimarães-Teixeira, médica 21. Generosa de Oliveira Silva, socióloga 22. Gilberto Miranda, ator 23. Gaudêncio Frigotto - escritor e professor 24. Isaac Bernat, ator 25. José Sérgio Leite Lopes, antropólogo 26 Julia Barreto, produtora Julia Barreto 27. Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor 28. Leonardo Vieira, ator 29. Leticia Sabatella, cantora e compositora 30. Luis Carlos Barreto, cineasta e produtor 31. Luiz Fernando Lobo, diretor artístico 32. Marco Luchesi, poeta e professor 33. Maria Luisa Mendonça, professora e jornalista 34. Marieta Severo, atriz 35. Paulo Betti, ator 36. Ricardo Rezende Figueira, padre e professor 37. Roberto Amaral, escritor 38. Sílvia Buarque, atriz 39. Tuca Moraes, atriz e produtora 40. Virginia Dirami Berriel, jornalista 41. Xico Teixeira, jornalista