A plataforma se baseia em quatro eixos e cobra políticas que promovam, entre outros avanços, igualdade e não discriminação no trabalho
A plataforma se baseia em quatro eixos e cobra políticas que promovam, entre outros avanços, igualdade e não discriminação no trabalho
Vários estados brasileiros, entre os quais São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Piauí, Ceará, Pernambuco, Maranhão e Paraíba, continuam mobilizados até o final de setembro para ampla divulgação da Plataforma das Mulheres da CUT para as eleições 2018.
O documento é resultado de debates entre dirigentes sindicais de todo o Brasil com a participação de especialistas na área. A plataforma tem como objetivo guiar o debate com as candidaturas do campo democrático popular, comprometidas com a retomada de uma agenda de políticas públicas para as mulheres e está organizada em quatro eixos: igualdade e não discriminação no trabalho, a violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer, política de cuidados e responsabilidades domésticas e familiares compartilhadas e direitos sexuais e reprodutivos.
A ideia é pautar políticas que promovam a construção da igualdade entre os sexos em todas as esferas da vida, pública e privada. "Queremos romper com a divisão sexual do trabalho que sempre reservou às mulheres o espaço doméstico e reprodutivo. E, ao mesmo tempo, cobrar o Estado, que tem como papel implementar políticas públicas que possibilitem alterar a cultura machista que ainda está impregnada nas relações", diz a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Martins Batista.De acordo com a dirigente, a cada quatro anos, a Central entrega aos candidatos e candidatas à Presidência da República uma plataforma de acordo com a conjuntura política do momento. "Uma das propostas que fizemos há alguns anos era a construção de política de salário mínimo. Era rever os vergonhosos salários. Naquele período, Lula ganhou as eleições e implementou esta reivindicação. Esta revisão, em conjunto com outras políticas públicas de transferência de renda, melhorou a vida das mulheres e deu maior autonomia econômica para as trabalhadoras", afirma.
Na contramão deste processo, completa a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana, o governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) conseguiu, em poucos meses, acabar com a política de reajuste do salário mínimo e congelar gastos, por 20 anos, na saúde, educação e assistência social. "Exigimos na plataforma a revogação da Emenda Constitucional 95, da reforma trabalhista e das terceirização sem limite."Além desta construção, as trabalhadoras cutistas construíram, em parceria com dirigentes sindicais de outras centrais, mais uma plataforma no Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras da Centrais Sindicais, com questões mais amplas como a defesa do trabalho decente e do SUS.